Natal: Tempo de paz, magia, convívio com a família e amigos... Tempo de concórdia, de dar as mãos em prol de um sentimento comum: fraternidade e paz.
Pois... Mas porque é que do Natal só se tem tirado os piores exemplos!? Famílias endividadas, que não obstante já estarem a dever tudo e mais alguma coisa à banca ou ao Fernando Mendes (sim, porque é ao gordo a quem toda a gente deita as culpas, dada a sua imagem de opulência), gastam todo o seu subsídio de férias "and then some" para comprar a Playstation 3, o plasma (sim, porque para jogar com a Playstation precisamos de ter um televisor que se veja, e o LCD de 22" de há dois anos já é uma peça de museu!!!), brinquedos que fazem luz, som, imagem, e os carvalhos a sete... Para no início do ano ter os cobradores à porta, e esquiverem-se o mais que podem ao pagamento de todas as dívidas ou, quem sabe, acordarem em pagar dez Euritos por mês para o dito plasma, que ficará então pago em 2525...
Não me tomem como um detractor do Natal, nada disso: aliás, é a época em que vejo familiares que quase nunca vejo ao longo do ano, e isso traz-me sempre grande satisfação. Ao mesmo tempo, adoro a magia nos olhos das crianças. Para elas, o Natal é algo de especial, de mágico... O Pai Natal traz as prendas... Pois, se calhar é mesmo só isso.
A título de exemplo, numa família de classe média, ou média alta, vá lá, onde orgulhosamente me insiro (sim, porque para mim hoje média alta é pagar tudo o que se deve e ainda sobrar algo, por pouco que seja...), vejo os pequenos a receber uma série de presentes, porque a família é grande, e então há sempre algo a dar, nem que seja uma lembrança...
Mas é exactamente aí que eu me centro: os miúdos já não se interessam pelo que recebem; gostam é de abrir embrulhos. A não ser que seja de facto algo de extraordinário, o que poderá lever a reacções inesperadas, a nada dão valor...
Não posso dizer que seja velho... A minha infância passou há pouco mais de vinte anos. Mas nesse tempo (e agora sim, falo como os velhos), recebia (felizmente) alguns presentes, não tantos como hoje vejo receber, mas cada um deles era recebido com uma alegria única, e com uma reverência sobre o valor dele... Não era só mais um.
Claro que tenho de ter em conta o contexto em que estou inserido, mas ainda assim, mesmo nas classes mais baixas, vejo exageros a serem cometidos em nome da máxima "Se os outros têm, o meu filho tem que ter!"
Por exemplo, tive esta semana a notícia de uma família, que não tem seuqer uma casa de banho em casa, vai oferecer ao filho de 16/17 anos um computador portátil de cerca de 900 Euros, coisa que eu "sonho" ter... Ou melhor, dava-me jeito ter, e em breve comprarei, mas está a ser muito bem pensado, e será utilizado em contexto profissional, senão nem sonharia em comprar...
Não seria mais útil pegar no dinheiro e fazer a dita casa de banho!? Se calhar não...
Et sic transit gloria mundi!
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2 comentários:
Vim ver o covil do meu "voyeur" hehehe!
O meu Natal vai ser um bocado triste e já ando melancólica!
Mas... mesmo assim adoro o Natal!hehehe
E também sei ler Latim, 3 anos de agonia!hehehe
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